Esta vítima do submarino da Primeira Guerra Mundial afundou no norte da Cornualha, onde a boa visibilidade torna o naufrágio um prazer para os mergulhadores, diz JOHN LIDDIARD. Ilustração de MAX ELLIS
PEGUE ALGUMAS BOAS CONDIÇÕES EM MAIO, pouco antes da chegada da proliferação de algas ou “água de maio”, e a visibilidade pode ser incrivelmente boa. Onde melhor para aproveitá-lo do que na costa norte da Cornualha?
Então, para a turnê deste mês, iremos para o oeste de Newquay até os destroços do navio a vapor de 2790 toneladas da Primeira Guerra Mundial Orfordness. São confortáveis 32 m de profundidade em águas baixas, para que os mergulhadores mais experientes possam aproveitá-lo.
Como sempre, nosso passeio começa pelas caldeiras (1), mas não se surpreenda se a tacada chegar tarde. Chris Lowe, capitão do Mergulhador Atlântico, gosta de deixar para o último minuto antes de atirar nos destroços, para que a linha pesada tenha menos probabilidade de ser arrastada pela grande onda.
A caldeira de bombordo repousa em seus suportes, enquanto a caldeira de estibordo rolou ligeiramente em direção a ela, estreitando a distância entre as duas para ser pequena demais para um mergulhador nadar, embora aconchegante o suficiente para o bodião-cuco entrar e sair do mar gorgônio -fãs.
A forma como a caldeira de estibordo rolou pode ser vista pelo ângulo das três fornalhas na extremidade frontal.
Todo o casco e convés caíram para bombordo, de modo que o lado de bombordo do casco fica abaixo do convés principal quase nivelado, enquanto o lado de estibordo se estende para sudeste. Logo à frente das caldeiras e de cada lado estão seções do convés com braçolas intactas.
Entre os escombros está um conjunto de degraus (2) que outrora levaria do porão ao convés principal.
Continuando em frente, um grande guincho de carga (3) atravessa o convés atrás do segundo porão, então outro guincho de carga inicia a área do convés entre os dois porões dianteiros.
A estibordo, uma âncora sobressalente e sem estoque (4) está preso ao convés.
No espaço correspondente a bombordo, uma âncora mais antiga com padrão do Almirantado (5) é preso ao convés, com a coronha removida e fixada ao lado.
Uma anomalia maior é um conjunto de degraus situado a bombordo do convés. Talvez eles tenham voltado para cá quando o navio afundou ou quando a proa quebrou.
A área entre os porões termina com o guincho de carga que serviria ao porão de proa (6).
Atravessando o porão, a proa quebrou e repousa a bombordo. Atrás dele, os detritos entre a proa e o convés principal incluem cabeços (7), tambores de cabos e seções de corrimão.
Um grande guincho de âncora (8) fica em uma extremidade, abrangendo a maior parte da largura do convés de proa. As correntes se foram, mas os hawse-pipes (9) permanecem intactos na parte dianteira do convés de proa, com as hastes das âncoras visíveis no interior.
A estibordo e agora no lado superior da proa, a âncora sem coronha (10) é puxado firmemente para dentro do tubo de escovilhão.
Para retornar à metade traseira do naufrágio, a rota mais fácil simplesmente segue a bombordo do convés (11).
Logo atrás das caldeiras, outra escotilha de bunker (12) marca a extremidade traseira do espaço do bunker que passaria ao longo da lateral do casco. Uma escotilha semelhante pode ser encontrada a estibordo.
O motor de tripla expansão (13) quebrou e caiu para bombordo, deixando o virabrequim exposto e os cilindros em sua maioria rachados ou destruídos, embora as coroas dos pistões ainda sejam facilmente identificadas entre os detritos.
Ainda a bombordo do motor, a bomba circuladora (14) fica em pé, próximo aos restos do cilindro de baixa pressão. Um pouco mais longe e logo atrás está o leme (15), que originalmente estaria acima e à frente das caldeiras.
De volta à linha central do navio, conforme marcado pelo virabrequim do motor, o mancal de impulso conecta o motor ao eixo da hélice, conduzindo para trás no túnel do eixo da hélice (16). Acima do túnel, um par de guinchos (17) marque a linha entre o terceiro e o quarto porões. Também do convés entre os porões de popa, um carretel de cabo (18) pode ser encontrado parcialmente enterrado um pouco a bombordo.
Retomando nossa rota à ré, o eixo da hélice logo reaparece de seu túnel (19), então quebra onde a quilha se estreita para a popa (20). Na verdade, todo o naufrágio ocorre aqui, com um rastro de destroços que leva para oeste.
Logo a bombordo, o mastro de popa (21) ângulos entre os porões.
Uma busca externa revela uma seção da braçola da escotilha (22), então o leme (23). A cerca de um metro da base do leme, a base da pá da hélice se ergue da areia. A ponta da lâmina está abaixo e a base foi cortada perto do cubo.
Isto ajuda a ilustrar como o Orfordness quebrou quando afundou. Quando o navio foi torpedeado por U60 em 20 de julho de 1918, o torpedo atingiu a popa e o Orfordness desceu rapidamente pela popa.
A popa teria atingido o fundo do mar primeiro, a hélice e o leme afundando. A pá e o leme teriam se rompido, pois qualquer avanço restante e a maré continuavam a mover o navio para frente, enquanto o inclinava para estibordo.
Em seguida, mais parte da popa teria se soltado à medida que os destroços se assentavam, com o corpo principal finalmente se acomodando cerca de 30 metros à frente.
Devo confessar que não vi o grande pedaço de popa que falta no nosso passeio. Quando eu estava desenhando os destroços, fiz várias varreduras a partir do corpo principal, mas acabei ficando sem tempo de fundo e sem água antes de poder encontrá-lo, então tive que voltar ao plano para subir.
Os relatórios indicam que ele está em algum lugar a bombordo do porão de popa (24).
GUIA TURÍSTICO
CHEGANDO LA: Siga a M5 para Exeter, depois a A30, passando por Bodmin até Indian Queens. Depois vire para norte na A392 para Newquay.
COMO ENCONTRAR: As coordenadas GPS são 50 24.685N, 005 11.212W (graus, minutos e decimais). A proa está a nordeste e os destroços a poucos metros de um fundo marinho de 32 m na maré baixa.
MARÉS: Nas grandes marés na costa norte da Cornualha, a água parada é essencial. Ocorre meia hora depois da maré alta e baixa de Newquay, com a folga da maré baixa sendo consideravelmente mais rasa.
MERGULHO E AR: Mergulhador Atlântico, capitão Chris Lowe, 01637 850 930. Nitrox, oxigênio e trimix estão disponíveis, mas verifique com antecedência para ter certeza de que há gás suficiente em estoque.
ACOMODAÇÃO: Chris Lowe pode fornecer acomodação em beliches. Existem muitas outras opções em Newquay.
LANÇAMENTO Deslize em Newquay.
Qualificações: Adequado para PADI Águas Abertas Avançadas ou BSAC Sports Diver. É uma profundidade ideal para prolongar os tempos de fundo com nitrox.
OUTRAS INFORMAÇÕES: Carta do Almirantado 1149, Pendeen para Trevose Head. Mapa de levantamento de artilharia 200, Newquay, Bodmin e arredores. Mergulhe nas Ilhas Scilly e no Norte da Cornualha, por Richard Larn e David McBride
PROS: Normalmente boa visibilidade em fundos marinhos de areia dura de granito.
CONTRAS: Muito profundo para PADI Águas Abertas Avançadas Mergulhadores sem especialidade profunda.
PROFUNDIDADE: 20-35m
Obrigado a Chris Lowe.
Apareceu no DIVER maio de 2011