Você não precisa que seu público use óculos engraçados para que suas imagens pareçam tridimensionais, diz ALEX MUSTARD – apenas tenha em mente o que está acontecendo na parte de trás e na frente da imagem.
“Não importa qual seja o pano de fundo, é tê-lo lá que confere ao foto com profundidade'
NÓS OLHAMOS em fotografias em superfícies planas – a página de um revista ou a tela de um computador, tablet ou telefone. Mas o mundo real não é um lugar bidimensional.
Uma das melhores maneiras de destacar nossas imagens é fazê-las parecer tridimensionais.
Isso não significa mergulhar no mundo do estéreo fotografia. Estereoscopia ou 3D fotografia levanta a cabeça cerca de uma vez por década em fotografia subaquática, já que uma nova geração de fotógrafos pensa erroneamente que é isso que está faltando em suas imagens. Não é.
Na verdade, gosto bastante de documentários subaquáticos, mas de imagens estáticas, não, obrigado.
O burburinho mais recente sobre imagens subaquáticas em 3D fotografia foi há cerca de quatro anos. Todos nos disseram que era o futuro. Tudo ficou muito quieto agora. Antes disso, era a década de 1990,
quando Les Kemp produziu alguns programas AV realmente agradáveis usando uma Nikonos estereoscópica.
Em ambas as ocasiões foram as limitações dos sistemas que foram a grande decepção. A grande angular é rei debaixo d'água e quanto maior a lente, mais dramática é a imagem.
Super grande angular e 3D simplesmente não se dão bem em terra ou debaixo d'água, e isso significa que as imagens que funcionam em 3D não são as imagens grande angular mais dramáticas.
Mas embora eu não goste de fotos 3D subaquáticas, que precisam de telas especiais, projetores e óculos complicados para serem visualizadas, acho que há muito a ser aprendido com o processo de pensamento que leva os fotógrafos a seguir esse caminho.
O fato é que a maioria das imagens fica melhor quanto maior for a sensação de profundidade que retratam.
DE UMA TÉCNICA perspectiva, construímos fotos grande angular em duas camadas. Quase sempre combinamos um primeiro plano iluminado com flash com um fundo iluminado apenas pela luz ambiente.
Contudo, do ponto de vista artístico não queremos produzir imagens restritas a apenas duas camadas. Devemos buscar imagens grande angulares com a maior sensação de profundidade possível.
Para se inspirar nesta área, dê uma olhada no trabalho de pintores paisagistas clássicos, como os britânicos JMW Turner e John Constable.
Ambos eram mestres em transformar uma tela plana em uma imagem com profundidade. É uma das muitas razões pelas quais seu trabalho é tão atraente.
Em grande angular fotografia normalmente usamos os elementos de fundo para criar essa sensação de profundidade. Isso é mais fácil do que usar os elementos do primeiro plano, que devemos manter razoavelmente paralelos à câmera para iluminá-los uniformemente com nossos flashes.
Para mim, a chave é desenvolver uma mentalidade consciente de que um ótimo assunto não é suficiente para uma imagem grande angular impressionante. Devemos buscar constantemente esses elementos de fundo para completar nossas composições.
Normalmente, não importa qual seja o pano de fundo, é tê-lo lá que confere ao foto com profundidade.
Elementos como a silhueta de um afloramento de recife ou contornos específicos de leques marinhos, algas, cardumes de peixes, mergulhadores distantes, barcos de mergulho, textura da superfície, raios de sol e muito mais – todos dão profundidade.
Vários elementos são ótimos, pois quanto mais camadas adicionamos (dentro do razoável), mais o visualizador terá para explorar.
Ao fotografar um cenário, muitas vezes procuro primeiro um fundo, como um bommie ou uma saliência, e depois procuro em torno de sua base um assunto em primeiro plano. Um bom plano de fundo costuma ser mais difícil de encontrar do que um primeiro plano, por isso vale a pena procurá-lo. Além disso, depois de encontrarmos o fundo, geralmente podemos fotografar vários assuntos diferentes em primeiro plano contra ele.
PROFUNDIDADE NÃO É importante apenas em imagens grande angular, podemos incorporá-lo também em fotos macro. Quando fotógrafos de vida selvagem em terra fotografam com lentes telefoto, eles transmitem uma sensação de profundidade com uma profundidade de campo estreita.
O truque é manter o assunto nítido e enquadrá-lo em um fundo desfocado para criar a sensação.
Alguns fotógrafos vão ainda mais longe, incluindo também um primeiro plano fora de foco.
Estas são ideias que podemos adotar debaixo de água, mas são um pouco mais difíceis de implementar porque ainda temos que iluminar tudo uniformemente com flash. Se não tomarmos cuidado, o primeiro plano ficará muito claro e o fundo muito escuro.
A solução é iluminar toda a cena com uma iluminação suave e uniforme, o que significa usar dois estroboscópios, usar difusores e usá-los nas posições estroboscópicas de 10 e 2 horas.
Deveríamos colocar os estroboscópios em potências baixas, para que possamos abrir a abertura e criar uma profundidade de campo razoavelmente estreita.
Quão aberto? Isso depende do tamanho do assunto que estamos fotografando. Quanto menor o assunto, menos precisamos abrir a abertura.
A PROFUNDIDADE TAMBÉM PODE ser injetado em primeiros planos de grande angular, desta vez aproveitando a perspectiva íngreme da lente, em vez de uma profundidade de campo estreita. Quando temos um assunto grande angular se afastando da lente, isso pode realmente atrair o olhar do observador através da imagem.
O desafio desses primeiros planos não é compô-los, mas sim iluminá-los. A solução é criar um conjunto de iluminação na frente da câmera, usando uma técnica chamada estroboscópios Rabbit Ears.
Isso produz uma exposição uniforme da luz estroboscópica próxima à câmera, penetrando mais profundamente na cena.
Criamos essa luz içando nossos estroboscópios bem acima da caixa e posicionando-os separados na largura dos ombros.
Comece com eles apontando para frente e depois incline-os lentamente para baixo, tirando fotos até que a luz que eles produzem preencha toda a sua composição, preenchendo apenas os cantos inferiores do quadro.
Eles ficarão inclinados cerca de 20 ° para baixo, mas isso irá variar dependendo do comprimento dos braços estroboscópicos e da distância da câmera ao assunto.
DICA INICIANTE Uma imagem grande angular bem-sucedida pode ser iluminada em duas camadas, mas devemos nos esforçar para criar o que deve parecer uma cena totalmente tridimensional. Comece sempre tentando combinar o primeiro plano com o fundo, não se contente em apenas fotografar um ótimo assunto em primeiro plano. PONTA MÉDIA DA ÁGUA DICA AVANÇADA |
Apareceu no DIVER junho de 2016