Biólogos marinhos bem-intencionados podem involuntariamente ser tão cúmplices como os pescadores na contribuição para o esgotamento das populações de tubarões e raias. A conclusão surpreendente vem de um relatório científico da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Wollongong, na Austrália.
As fêmeas de tubarões e raias grávidas têm maior probabilidade de abortar os seus descendentes quando capturadas em redes ou linhas de pesca, afirmam os cientistas num estudo publicado na revista Biological Conservation.
Eles realizaram o que dizem ser a primeira síntese de dados científicos existentes para descobrir que nascimentos prematuros ou abortos eram efeitos colaterais comuns quando os tubarões eram capturados, com uma média de 24% das fêmeas grávidas perdendo seus filhotes quando capturadas.
Os pesquisadores encontraram casos disso acontecendo em 88 espécies diferentes de tubarões e raias, incluindo espécies ameaçadas e protegidas, sendo algumas mais suscetíveis do que outras.
Eles alegaram que muitos biólogos marinhos desconheciam a emitem, e o fato de que eles também poderiam estar induzindo abortos ao capturar tubarões e raias para marcação ou estudo.
O autor principal do relatório, Kye Adams, aconselhou que se alguém que capturasse um tubarão suspeitasse, pela sua circunferência, que estava grávido, deveria ser deixado na água e o tempo de manuseamento deveria ser minimizado em conformidade.
Ele também sugeriu que poderiam ser impostas proibições à pesca em torno das áreas de viveiro, especialmente onde espécies ameaçadas estivessem ameaçadas.
O relatório pode ser visualizado SUA PARTICIPAÇÃO FAZ A DIFERENÇA.
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06-Nov-17