Tubarões e raias podem viver até o dobro do que se pensava anteriormente, de acordo com a última pesquisa realizada pela Universidade James Cook, na Austrália.
Alastair Harry conclui num artigo recentemente publicado que a contagem dos anéis de crescimento nas vértebras dos tubarões e das raias, o método habitualmente utilizado para estimar a idade dos elasmobrânquios, pode subestimar grosseiramente a sua longevidade.
A idade foi frequentemente subestimada em tubarões e raias maiores e mais velhos, porque os anéis de crescimento pareciam parar de se formar, ou tornaram-se indicadores não confiáveis, além de uma certa idade e tamanho.
A subestimação da idade foi em média de 18 anos para todas as espécies, em alguns casos chegando a 34 anos.
Tubarões-lixa cinzentos (Carcharias taurus, também conhecidos como tubarões-tigre), por exemplo, o Dr. Harry descobriu que poderiam viver até 40 anos – o dobro do tempo estimado anteriormente.
A idade dos tubarões-sardo da Nova Zelândia foi geralmente subestimada em uma média de 22 anos.
É provável que a idade tenha sido subestimada em 30% das 53 populações de tubarões e raias abrangidas pelo seu estudo, e em metade de todas as que foram validadas através da datação por carbono por “bomba”, que mede o carbono acumulado em testes nucleares na década de 1950.
Tais erros de cálculo podem ter efeitos graves na conservação e gestão de tubarões e raias, disse ele.
O estudo é publicado na Fish & Fisheries SUA PARTICIPAÇÃO FAZ A DIFERENÇA
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04-Oct-17