A descoberta de dois raros mastros de madeira de navios antigos provou ser o ponto alto de uma escavação recentemente concluída do que parece ter sido outrora um porto romano em Fizine, na Eslovénia.
Arqueólogos subaquáticos do Universidade de Ljubljana têm relatado suas descobertas, após completar a fase final das investigações de sete anos no que foram consideradas partes menos promissoras do local.
O sítio Fizine fica perto da cidade de Portorož, na costa do Adriático da Eslovênia, ao sul de Trieste. Desde 2017, mergulhadores da Faculdade de Estudos Marítimos e Transportes da universidade estão escavando o local, com a fase final da pesquisa de campo iniciada em novembro passado e concluída no final de fevereiro.
O trabalho foi realizado com pouca visibilidade e as últimas descobertas confirmaram as dos anos anteriores, afirmam os arqueólogos.
Descobriu-se que as camadas intactas da era romana do local contêm mais de 3,000 fragmentos de ânforas importadas, utensílios de cozinha e talheres finos do final do período da Antiguidade (250-750 DC), bem como selado, um tipo de cerâmica romana produzida em massa por volta do século I DC.
Mais incomuns foram os restos de navios antigos, incluindo componentes do cordame, parte de uma vela e os dois mastros. O primeiro a ser descoberto tinha cerca de 1m de comprimento, feito de abeto e com roldana de carvalho integrada, enquanto o segundo era mais longo, com 1.5m, e feito de abeto.
Diz-se que tais descobertas foram raras na área do Mediterrâneo. Uma quantidade de estacas de madeira também foram descobertas.
A localização da Praia Bernardin é descrita como excepcionalmente protegida, sugerindo que na Antiguidade tardia ali existia um pequeno porto, completo com cais ou quebra-mar e postos de amarração. Arqueólogos e cientistas de outras disciplinas estão agora avaliando todas as evidências obtidas no local.
Os artefatos de madeira estão sendo conservados com resina melamínica, e todos os materiais escavados foram armazenados mais ao norte, no Museu marítimo em Piran. Dois outros sítios romanos foram descobertos na área de Fizine, um assentamento em terra e outro debaixo d'água.
A Eslovénia tem uma das mais longas tradições de exploração subaquática da Europa, segundo o conselho nacional de turismo, tendo a primeira escavação sido realizada em 1884 no rio Ljubljanica.
Desde o início da década de 1960, a arqueologia subaquática é realizada por diversos museus e instituições, reunidos pelo Instituto de Arqueologia Subaquática (ZaPA) Em 2013.
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Gostei das imagens, adoraria ter visto alguma cobertura em vídeo delas descobrindo alguns desses artefatos. Talvez na próxima vez…. :)