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A Autoridade do Parque Marinho da Grande Barreira de Corais confirmou que um evento de branqueamento em massa “muito generalizado” está ocorrendo no maior recife de coral do mundo.
O recife esteve sob pressão devido ao estresse térmico que se acumulou durante o verão australiano de 2019/20, especialmente em fevereiro e início de março. O evento de branqueamento em massa é o terceiro a ocorrer desde 2016.
“Com a conclusão das pesquisas aéreas esta semana, compreenderemos melhor a extensão e a gravidade deste evento de branqueamento”, afirmou a autoridade em 26 de março. “Análises adicionais continuarão nas próximas semanas.”
Levantamentos aéreos foram conduzidos nas duas semanas anteriores pelo Centro de Excelência ARC para Estudos de Recifes de Coral da Universidade James Cook, conforme relatado na Divernet no início desta semana.
As pesquisas confirmaram que o pior branqueamento ocorreu nos recifes que vinham sofrendo o maior estresse térmico, estendendo-se por grandes áreas. Algumas áreas do sul que sofreram pouco ou nenhum branqueamento nos eventos de 2016 e 2017 sofreram desta vez um branqueamento moderado ou grave.
No extremo norte da GBR, onde os corais que sobreviveram aos eventos anteriores eram “relativamente tolerantes ao calor”, ocorreu um branqueamento moderado a grave nos recifes mais próximos da terra.
Numa nota mais positiva, a autoridade observou que os “principais recifes turísticos” no norte e centro da GBR sofreram apenas um branqueamento moderado, do qual se esperava que a maioria dos corais recuperasse.
“É importante lembrar que os corais branqueados não são corais mortos”, afirmou o GBRMPA.
“Em recifes levemente ou moderadamente branqueados, há uma boa chance de que a maioria dos corais branqueados se recupere e sobreviva a este evento. Da mesma forma, em recifes severamente branqueados, haverá maior mortalidade de corais.”