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Sino de Mendi retornou à África do Sul
SS Mendi
O sino do navio dos destroços do navio na Primeira Guerra Mundial Mendi, que se pensa ter sido resgatado por um mergulhador na década de 1980, mas que se rendeu no ano passado, está a ser devolvido à África do Sul hoje (28 de Agosto).
A primeira-ministra Theresa May entregará o artefacto ao presidente Cyril Ramaphosa numa cerimónia formal durante uma visita à Cidade do Cabo.
A Mendi afundou na Ilha de Wight em 21 de fevereiro de 1917, após ser atingido por uma espessa neblina pelo Darro, um paquete do Royal Mail.
Com o Darro não conseguindo resgatar os sobreviventes na água, a colisão resultou na morte de 646 homens, a maioria trabalhadores negros do Corpo de Trabalho Nativo da África do Sul. Eles estavam sendo enviados para a Europa para apoiar o esforço de guerra dos Aliados.
28 agosto 2018
No passado mês de Junho o sino foi deixado num Bolsa no Swanage Pier, em Dorset, para um repórter da BBC coletar, após uma ligação anônima.
As relatado na época na Divernet, parecia que a consciência de um mergulhador experiente havia sido picada no centenário do Mendi afundando.
Um bilhete deixado em um Bolsa com o sino escrito: “Se eu mesmo o entregasse, ele poderia não ir para o lugar correto. Isso precisa ser resolvido antes que eu faleça, pois pode se perder.”
Os destroços foram redescobertos em 1974, mas passaram-se mais 35 anos até que recebessem proteção oficial como túmulo de guerra.
Muitos artefactos foram removidos nessa altura por mergulhadores, no que é descrito como “uma prática comum e largamente incontroversa” no recente livro sobre o Mendi “Morremos como irmãos”.
A história do naufrágio ainda é comemorada como um símbolo da injustiça racial na África do Sul, por isso a entrega do sino tem significado. Até agora esteve em exposição num museu em Southampton.