Moedas e lingotes de ouro, canhões, espadas, potes de armazenamento e louças chinesas intactas foram capturados em recém-lançados vídeo imagens das profundezas San Jose navio do tesouro na costa caribenha da Colômbia.
E com dois naufrágios até então desconhecidos descobertos nas proximidades e pelo menos mais 10 agora sob investigação, surgem questões sobre o que o governo colombiano pretende fazer em relação ao valioso património de naufrágios que reivindicou como seu.
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O levantamento foi o mais recente de quatro realizados pela Marinha da Colômbia, que monitora o galeão espanhol do século XVIII por meio de um ROV e câmeras de alta resolução a uma profundidade de cerca de 18 metros.
Imagens mais nítidas permitiram a leitura de inscrições no canhão do navio, que revelaram terem sido feitas em Sevilha e Cádiz, em Espanha, uma delas em 1655. As moedas de ouro foram identificadas como peças de oito.
“Realizamos trabalhos de observação não intrusivos no fundo do mar onde o San Jose o galeão repousa, verificando se esse patrimônio da humanidade está intacto e não sofreu qualquer perturbação por ação humana”, afirmou a Marinha.
Os outros naufrágios relatados teriam pelo menos 200 anos, datando da guerra da Colômbia pela independência da Espanha e teriam sido afundados em batalha. Pelo menos mais 10 desses naufrágios aguardam investigação.
A arma de 64 San Jose transportava cerca de 7 milhões de moedas de ouro junto com lingotes, moedas de prata e pedras preciosas para a Espanha durante a Guerra da Sucessão Espanhola, quando foi afundado por quatro navios de guerra da Marinha Real em 8 de junho de 1708, perto do porto de Cartagena, com a perda da maior parte de seus 600 tripulantes.
A sua carga pode ser a mais valiosa alguma vez localizada, estimada em até 14 mil milhões de libras hoje, mas o salvamento ainda não foi realizado.
A alegação de um salvador privado em 1981 de que os destroços tinham sido encontrados desencadeou uma batalha de 30 anos sobre a propriedade legal entre a Colômbia, a Espanha e um grupo boliviano que alegava que os seus antepassados tinham extraído os metais preciosos.
Em 2013, a Colômbia alterou a sua lei patrimonial com a intenção de pôr fim aos desafios jurídicos internacionais e, em 2015, confirmou que tinha localizado os destroços.
O Presidente Ivan Duque reiterou recentemente a afirmação do país de que pretende manter o naufrágio sob estreita vigilância contra a possibilidade de saques, e recuperar e conservar o conteúdo não para fins lucrativos, mas para exibição em museus.
De acordo com o San Jose pesquisador Nelson Freddy Padilla, permanecem dúvidas sobre exatamente quando o vídeo filmagem foi gravada e quem realizaria o salvamento proposto.
“Os anos passam e o emitem das dezenas de galeões afundados nos mares colombianos não está resolvida em profundidade”, disse ao jornal espanhol El Pais. “Não existe um plano científico sério para eliminá-los e colocar todo esse conhecimento a serviço da cultura.”
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